Certa noite eu estava fazendo tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço ela não resistiu e nos deixou com um bebê prematuro e uma filha de dois anos em pranto.
Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (Não tínhamos eletricidade). Também não tínhamos recursos adequados para sua alimentação.
mesmo morando na linha do Equador, as noites eram, não raro, frias com aragens traiçoeiras.
Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-los.
Uma outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.
Sem demora, retornou desconsolada pois a bolsa havia rompido.
"Muito bem", disse eu, coloque o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-lo das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido.
Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que eventualmente quisessem se reunir comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê.
Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido em função da única bolsa de água que havia estourado. E que o bebê poderia morrer de frio.
Mencionei à irmãzinha de 2 anos, que não parava de chorar, a perda e ausência da mãe.
Durante as orações, uma das meninas de dez anos, uma de nossas crianças africanas, orou:
"Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã já vai ser tarde, Deus, por que o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje!"
Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha audácia, num colorário, acrescentou:
"E já que, Deus, estás cuidando disso, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha dela para que ela saiba que também a ama de verdade."
Poderia eu honestamente dizer amém? Eu simplesmente não poderia acreditar que Deus poderia fazê-lo. A Bíblia diz isso: Não há limites. Ou não?
No dia seguinte, fui avisado de que um carro deixou um pacote de 11kg na varanda de casa.
Meus olhos lacrimejaram. Seria possível??? Não consegui abrir o pacote sozinha e solicitei que algumas crianças do orfanato me ajudassem.
A camada de cima do pacote era repleta de roupinhas cintilantes. As crianças ficaram radiantes enquanto eu as distribuía. Depois vieram ataduras para os leprosos, caixinhas de uvas passas, farinha e, pasmem!: uma bolsa de água quente novinha.
A garotinha da oração quando viu gritou: "Se Deus mandou a bolsa, também mandou a boneca!"
Enfiando as mãos no pacote, encontrou uma linda boneca e disse:" Posso ir junto para entregar a boneca?? Para ela ver o quanto Jesus a ama???"
O curioso é que este pacote havia sido mandado há cinco meses por uma ex-professora da escola bíblica, mas chegou na hora certa para confirmar a fé de uma garotinha de 10 anos
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