O homem tem medo dos trovões, dos relâmpagos, dos ciclones, dos maremotos e de todas as forças da natureza. Tem medo de nascer e medo de morrer. Tem medo de saber que tem medo e tem medo do próprio medo.
A mulher sempre soube que de seu ventre intumescido saía uma cria, misteriosamente gerada, que tinha de cuidar. Ser mãe, desde o nascer da espécie, deu à mulher uma ligação mais direta com o medo. Seus medos, no entanto, são do cotidiano. Medos menores, mais concretos, mais reais.
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