6 de abr. de 2010

Gosto de Saudades

Não sei se saudades tem cor. Dizem que sim O que eu sei é que ela tem forma Tem gosto. Tem cheiro e peso também. E, acreditem, ela tem asas! Se não, como nos transportaria Tantas vezes a lugares Tão distantes? E sei ainda que ela se agiganta Quando mais tentamos Diminuí-la. Sei que ela dói de dor Intensa e sem remédio Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência Do tamanho da importância Das pessoas para gente Porque quando amamos alguém A saudades já chega por antecipação, sorrateira Disfarçada de algo que não conseguimos decifrar É aquela dor fininha De não sei o que, a angústia boba que nos invade só de imaginar A separação E a gente fica meio sem saber O que fazer Mas é assim... É uma dor que gostamos De sentir, um sabor que Queremos provar, é algo Que não sabemos explicar Mas é quase palpável É amor disfarçado de muita coisa São emoções guardadas bem lá no fundo Saudades... Do que foi E do que vai ser Saudades Que nos acompanha para Diminuir a solidão E que nos mostra, sobretudo Que estamos vivos. Aprendi ainda que saudades não mata. É só quase A gente pensa que vai morrer Mas sobrevive sempre Porque ela traz escondidinha nela uma outra coisa Que chamamos de esperança Que nos ajuda a caminhar Porque saudades, como o amor, não é cega Saudades vê mais além.

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