3 de mai. de 2010

Silencio

Talvez hoje não entenda meu silêncio E minha ausência aparentemente sem motivos Possa causar estranhezas Entenda que não foi covardia Nem medo de prosseguir Os sentimentos guardados em meu peito, somente Deus pode testemunhar As lutas para seguir têm sido tão árduas e intensas que em momentos tenho perdido a ciência do que sou e do que me fiz Projetei em palavras corretas e sorrisos perfeitos o que achei coerente ao que esperavam de mim E me vi sozinha com meus fantasmas e medos agachada no vazio do meu mundo, esperando que alguém me notasse, ascendesse às luzes me tirando dali Ofereceram-me velas, de fortes chamas e pouco constantes que se apagavam a cada sopro de vento vindo sobre mim Tornando este silêncio ainda maior, esfriando todo calor existente no meu ser, e me convidando a sentir o sabor amargo de estar só.

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